Explore a nova legislação de embalagens do Parlamento Europeu que estabelece metas de reciclagem e proibições de plástico, em meio a preocupações com o "greenwashing" e brechas nos cálculos de conteúdo reciclado.
O Parlamento Europeu adotou novas metas vinculativas para reutilização, coleta e reciclagem de embalagens, juntamente com proibições de embalagens plásticas descartáveis, garrafas em miniatura e sacolas desnecessárias. No entanto, ONGs levantaram preocupações sobre o "greenwashing".
Os membros do Parlamento Europeu aprovaram um novo Regulamento de Embalagens e Resíduos de Embalagens (PPWR), descrito como um dos arquivos mais influenciados por lobby nos últimos anos. Apesar de ser controverso, a lei estabelece uma redução no lixo de embalagens, visando reduzir a média anual de quase 190kg de embalagens descartadas por cidadão da UE em 5% até 2030, aumentando para 15% até 2040.
Para alcançar isso, a lei estabelece metas de reutilização e reciclagem, e determina que quase todas as embalagens devem ser totalmente recicláveis até 2030. Ela também introduz metas mínimas de conteúdo reciclado para embalagens plásticas e metas mínimas de reciclagem para resíduos de embalagens por peso.
A legislação também exige que estabelecimentos de comida para viagem permitam que os clientes usem seus próprios recipientes até 2030 e determina a coleta separada de 90% das garrafas plásticas e latas. Proibições que visam resíduos plásticos, incluindo sachês individuais e sacolas plásticas leves, entrarão em vigor a partir de 2030.
Enquanto alguns grupos de lobby elogiam a lei, outros expressam preocupações. Matti Rantanen, da Aliança Europeia de Embalagens de Papel, elogia a abordagem baseada em evidências, enquanto a UNESDA Soft Drinks Europe apoia as metas de coleta, mas questiona as metas obrigatórias de reutilização.
No entanto, há críticas em relação à legislação de cálculo de conteúdo reciclado. A abordagem de "balanço de massa" da Comissão Europeia, que permite que certificados de conteúdo reciclado sejam atribuídos a produtos plásticos virgens, tem gerado críticas. ONGs temem que isso possa levar a alegações enganosas sobre plásticos reciclados.
O comitê de meio ambiente do Parlamento Europeu rejeitou por pouco essa legislação secundária, mas a decisão estabelece um precedente que pode impactar futuras leis europeias, potencialmente permitindo que empresas manipulem dados de conteúdo reciclado.
No geral, enquanto a legislação visa combater o lixo de embalagens, preocupações persistem sobre brechas e o potencial de "greenwashing".
Comentários (0)