A WRAP recomenda a proibição de embalagens para certos produtos frescos no Reino Unido até 2030 para reduzir o desperdício de plástico, alinhando-se com as regulamentações da UE e promovendo a sustentabilidade.
A WRAP, a organização de caridade anti-desperdício, está instando o governo do Reino Unido a proibir a embalagem primária em certos produtos frescos até 2030, com o objetivo de reduzir o desperdício de plástico e de alimentos nas residências. A proibição recomendada abrangeria produtos como maçãs, bananas e tomates vendidos em quantidades inferiores a 1,5 kg. Essa iniciativa é vista como crucial para reduzir as 70.000 toneladas de plástico descartável atualmente utilizadas anualmente para frutas e legumes frescos. No entanto, críticos argumentam que a embalagem prolonga a vida útil, ajudando a reduzir o desperdício de alimentos. Proibições semelhantes já foram promulgadas na França e estão planejadas em toda a UE até 2030.
A proposta segue pesquisas da WRAP que mostram que frutas e legumes soltos podem reduzir o desperdício de alimentos em casa, que representa 70% de todo o desperdício comestível. O plano da WRAP também estaria alinhado com o Regulamento de Embalagens e Resíduos de Embalagens da UE (PPWR), que visa a redução de plásticos descartáveis. A WRAP enfatiza que a proibição deve abranger todos os materiais de embalagem, não apenas plásticos, dada a impacto ambiental de outros materiais.
A WRAP tem colaborado com varejistas e a indústria de produtos frescos por meio de sua iniciativa "Caminho para Vender Mais Frutas e Legumes Frescos Não Cortados Solto". O objetivo é que 50% do volume de vendas de produtos frescos seja solto até 2030. No entanto, a transição para um sistema predominantemente solto apresenta desafios, como o impacto potencial na marca e no marketing no ponto de venda, bem como a proteção do produto durante o transporte.
Apesar dos obstáculos, a WRAP defende intervenções políticas como uma consulta formal e avaliações de impacto econômico para nivelar o campo de jogo. A organização acredita que, com o quadro regulamentar adequado, o Reino Unido pode alcançar reduções significativas no desperdício de embalagens e de alimentos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
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